Sunday, April 22, 2007

POESIA

Depois de passar a Semana Santa na cidade de Mariana, em Minas Gerais, a homenagem:

Mariana de Minas

Sobe sobe
Desce desce:
Praça
Igreja
Sobe sobe
Desce desce:
Tropeça
Cai
Levanta
sobe sobe
desce desce

Explicação? Não tem...

Com música é aquilo: não tem muita explicação, quando você nota já está apaixonado por uma canção que acabou de ouvir. E não precisa ser algo comumente reconhecido como bom, basta que que te sensibilize de alguma forma. Desse modo, é não é raro que game de cara por uma canção de Maria Bethânia, como não é nada inusitado me pegar cantarolando algo de Bruno & Marrone.É fundamental, quando se trata de música, filmes e afins, que se tenha o mínimo de pré-conceito possível, para conseguir pescar o que de melhor é feito por aí. Recentemente, foi divulgada uma pesquisa feita na Gra-Betanha que mostra que as pessoas mentem acerca de filmes que assistiram ou não, para agradar os outros e garantir uma posição respeitada ao olhar alheio. Com música não é diferente,não. Particualrmente, já passei da fase da vergonha.O que mais tem vagando pelas ruas são espécimes que gritam para todos os cantos desse planetinha falido que amam Caetano Veloso, morrem por Chico Buarque e mal sabem cantarolar uma única além da utilizada na propaganda ou da que está bobando nas rádios, enquanto guardam pra si, nos recônditos da alma, a alegria sentida ao ouvir aquele som pegajoso da Banda Calypso. Penso que é muito interessante justamente essa possibilidade de passear por áreas tão diferentes e pescar o que elas podem eventualmente ter de peculiar e - pq não? - bom. Por isso escancaro mesmo que ouço Bruno & Marrone, sou chegada a um Fagner numas tardes dessas e ainda me pego numa sessão nostalgia de vez em quando com meus Backstreet Boys ( paixão adolescente, nao tem jeito). O que importa é que não me atenho apenas a isso... Esses fatores não tiram o Chico( quase um Machado de assis musical pelo que vejo por aí) da minha estante, não anulam o Stevie Wonder e muito menos apagam a deusa Bethânia de minha vida. Eles são todos muito civilizados, convivem bem aqui em casa, território das possibilidades.