Sunday, September 23, 2007

Amor à primeira lida

"Amor à primeira lida" pode deixar a impressão de uma leitura superficial e não é essa, de sobremaneira, a minha intenção aqui. É bom deixar bem claro que o "à primeira lida" funciona como a primeira vez em que se tem um olhar mais curioso sobre o que está sendo avaliado, o momento em que se dá o grande diferencial entre se estar lendo algo interessante ou o rótulo do papel higiênico, ou seja, o segundo em que notamos o estalo fundamental para seguir e não necessariamente a vez primeira em que se lê algo. Até mesmo porque, convenhamos, é muito difícil se ter uma leitura considerável de qualquer coisa logo de cara. "O amor à primeira lida" é só o começo da investigação que o trabalho pode - e em mim já o fez - despertar no leitor. Feita esta pequena consideração, sigamos.
O "amor à primeira lida" de hoje pertence ao José Ribamar Ferreira, vulgo Ferreira Gullar. O poeta Maranhense dispensa apresentações - espero- e o poema escolhido é um exemplo nítido e pulsante do melhor de Gullar. A existência humana é escancarada, um pouco de mim, de você, da vida, enfim. Não colarei o poema aqui porque o blog não obedece s formatação original; preferi, desse modo, deixar apenas o link. Aproveitem A Vida Bate, integrante do livro Dentro da Noite Veloz.

Coisas do Brasil...

Essa postagem era pra ter sido colocada no ar (?!? rs) na semana passada, como eu fiquei sem net só consegui chegar numa lan hoje. Como já está escrita, vai assim mesmo.
Sim, meus queridos, Renan foi absolvido. Não, infelizmente, isso não me surpreeende. Me decepciona, mas não surpreende. A calhordice do senado foi gigante pela própria natureza da instituição que já não nos representa como deveria. O companheiro mor, ainda em seu tour pela Europa, ainda se ofendeu quando interpelado sobre o fato, algo do tipo: "Eu só lamento que na minha despedida eu tenha de falar do Brasil. Seria tão mais fácil um jornalista do Estadão lá no Brasil ligar para o presidente do PT e receber todas as informações"... Pode uma coisa dessas? O presidente lamenta ter que falar do país que o elegeu e que ele representa. Excelente. Num país decente, com um presidente decente, pelo menos umas duas ou três palavrinhas (mesmo que motivadas apenas por pura estratégia política) para matar a fome da galera, a gente receberia, considerando a comoção gerada pelo caso. Dizer que é uma vergonha chega a ser tautológico, mas dá para fugir?! Como pode o voto no Congresso ainda ser secreto? Isso não existe! Mas eu estou sendo muito radical, não é isso? Tudo bem, deixe o outro lado falar: "[o voto secreto] deixa o parlamentar a sós com sua consciência em uma hora que é sublime, em que o voto é livre de quaisquer pressões". Ah, tá. A pérola elucidativa é do Arthur Vigílio; com a ajuda dele entendi. Então eles estão buscando a sublimidade, transcendência política e moral. Ah, tá. Veja você como estamos bem: quem precisa de Zorra Total(?!?), Pânico ou qualquer outro programa que se julgue de humor quando se tem uma política como a nossa? Agora é voltar atenções para a aprovação da prorrogação da CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira mais Permanente que você conhece, admite, vai.
E como não podia deixar de ser: Pizza quentinha! E nem foi de Calabresa, nem isso eles fazem direito! Vou ali comprar o SPRITE para acompanhar e já volto.


Sunday, September 09, 2007

Dúvida cruel...


Você está num ônibus que se aproxima do ponto final, onde você descerá. A pergunta é: você precisa dar sinal?

A pergunta sempre me toma quanto estou em um coletivo. Imagine que você está rumando para o Shopping dentro de um 42 /526 e suas respectivas variações. Ao se aproximar do centro de compras você deve puxar a cordinha e provocar aquele barulho chato no ônibus inteiro ou partir do princípio de que o coletivo no qual se encontra vai necessariamente parar no ponto, já que aquela é a única linha apta a fazer o transporte daquela região e, em geral, há muitos passageiros a serem pegos ou deixados por lá? No caso doShopping não é um ponto final, mas ainda assim é uma situação, pelo menos, intrigante. Hoje, me encaminhava para Shopping, mais uma vez fui pega na hora da indecisão. Na dúvida, esperei alguém levantar primeiro e dar o sinal, me livrando do fardo.

Amor à primeira lida

O "amor à primeira lida" de hoje é da professora de Teoria da Literatura e Literatura Comparada da UFMG, Maria Esther Maciel. É daquelas que possuem um aposto admirável, atendendo como ficcionista, poeta, ensaísta. A poesia se chama Aula de Desenho e faz parte do livro Triz. Segue:

AULA DE DESENHO

Estou lá onde me invento e me faço:
De giz é meu traço. De aço, o papel.
Esboço uma face a régua e compasso:
É falsa. Desfaço o que fiz.

Retraço o retrato. Evoco o abstrato
Faço da sombra minha raiz.
Farta de mim, afasto-me e constato:
na arte ou na vida, em carne, osso, lápis ou giz
onde estou não é sempre
e o que sou é por um triz.

Friday, August 10, 2007

Qualquer coisa

C'est la vie:

"Ilha é uma pessoa cercada de mágoas por todos os lados" (Michel Melamed)

"A Lucidez cobriu minha dor com tons de cinza. A embriaguez, insatisfeita, vomitou em cima" (Desconhecido)

"O que quer dizer, diz.Não fica fazendo o que, um dia, eu sempre fiz.Não fica só querendo, querendo, coisa que eu nunca quis.O que quer dizer, diz. Só se dizendo num outro que, um dia, se disse, um dia, vai ser feliz" ( Leminski)

"O mundo pode até ser um palco, mas o elenco é horrível". ( Oscar Wilde)
"Vazio agudo/ ando meio/ cheio de tudo" ( Leminski)
"Sou o único homem a bordo do meu barco./Os outros são monstros que não falam,/Tigres e ursos que amarrei aos remos,/E o meu desprezo reina sobre o mar."(Sophia de Mello Breyner)
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachadoPara fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

(...)
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?" ( Álvaro de Campos)
"Ela se jogou da janela do quinto andar/ Nada é fácil de entender" ( Renato Russo)

Wednesday, August 01, 2007

Um Sanduíche e um grande contra-tempo, por favor.

Esse texto começou no trayller. Estava eu a aguardar meu x-tudo, vulgo podrão, quando me dei conta de que ele não tinha tudo. Um original sanduíche apelidado com tal nome consiste dos seguintes ingredientes: carne de hambúrguer, queijo (fiapo, na maioria das vezes, mas a gente vai levando...), presunto, ovo, bacon, pão, maionese, ketchup, maionese, batata-palha e salada, que originalmente se comporia de alface e tomate. O “originalmente” eu explico daqui a pouco. Há também as espécies de bônus, sabe que o povo é criativo e inventa de tudo, estragando o sanduíche com queijo cheddar ou catupiry. Eis que surge um pequeno porém: a salada já não é mais a original atualmente, faz tempo que foi desfalcada, perdendo a fruta vermelha que a compunha. O tomate já rodou, tadinho, pode reparar. Até aí, a gente agüenta, é o preço do que não ajuda, a entre-safra joga tudo lá em cima e mantê-lo nos sanduíches implicaria em aumentos consideráveis, não é isso? Vida que segue. Bem, como disse, estava eu a aguardar o sanduíche quando veio a bomba: Meu x-tudo não tinha bacon! Isso mesmo que você leu, não tinha bacon! Peralá, tomate a gente perdoa, mas bacon não! É pedir demais. Revoltada, me pus a pensar que esse poderia ser um problema específico daquele estabelecimento comercial quando a ficha caiu: fiquei pasma ao notar que esse é um infortúnio que vem se repetindo. Eles estão tirando o bacon descaradamente; o bacon que junto com o queijo fazem a graça, a gordura da coisa. A educação e/ou a fome fazem com que nós aceitemos essa ofensa calados. Nós, vítimas. È preciso que reivindiquemos o bacon, nossos direitos não podem ser escamoteados. Isso de se contentar com parte da coisa ou tolerar tudo calado não é bom. Já basta ter que aturar a impunidade no Congresso, a crise do setor aéreo, o “relaxa e goza” da Suplicy, a derrota da Copa do Mundo (eu sei que faz tempo, mas...rs), meu bacon,não! Aí, foi inevitável, veio a nostalgia. Saudades do tempo em que eu usava óculos do Chaves, o Big Mac era mesmo big, eu tinha um pirocóptero, o Brasil pelo menos chegava na final da Copa do Mundo e o x-tudo tinha bacon. Quase chorei.

Sunday, July 29, 2007

Crash

O avião pairava
sobre as casas
as crianças jogavam futebol
as mulheres tricotavam no portão
os maridos voltavam do trabalho ...

Saturday, July 14, 2007

Explicação? Não tem...

Com música é aquilo: não tem muita explicação, quando você nota já está apaixonado por uma canção que acabou de ouvir. E não precisa ser algo comumente reconhecido como bom, basta que que te sensibilize de alguma forma. Desse modo, não é raro que game de cara por uma canção de Maria Bethânia, como não é nada inusitado me pegar cantarolando algo de Bruno & Marrone. É fundamental, quando se trata de música, filmes e afins, que se tenha o mínimo de pré-conceito possível, para conseguir pescar o que de melhor é feito por aí. Recentemente, foi divulgada uma pesquisa feita na Gra-Betanha que mostra que as pessoas mentem acerca de filmes que assistiram ou não, para agradar os outros e garantir uma posição respeitada ao olhar alheio. Com música não é diferente, não. Particualrmente, já passei da fase da vergonha.O que mais tem vagando pelas ruas são espécimes que gritam para todos os cantos desse planetinha falido que amam Caetano Veloso, morrem por Chico Buarque e mal sabem cantarolar uma única canção além da utilizada na propaganda ou da que está bombando nas rádios, enquanto guardam pra si, nos recônditos da alma, a alegria sentida ao ouvir aquele som pegajoso da Banda Calypso. Penso que é muito interessante justamente essa possibilidade de passear por áreas tão diferentes e garimpar o que elas podem eventualmente ter de peculiar e - pq não? - bom. Por isso escancaro mesmo que ouço Black Eyed Peas, sou chegada a um Fagner numas tardes dessas e ainda me pego numa sessão nostalgia de vez em quando com meus Backstreet Boys ( paixão adolescente, nao tem jeito). O que importa é que não me atenho apenas a isso... Esses fatores não tiram o Chico ( quase um Machado de assis musical pelo que vejo por aí) da minha estante, não anulam o Ray Charles e muito menos apagam a deusa Bethânia de minha vida. Eles são todos muito civilizados, convivem bem aqui em casa, território das possibilidades.

Saturday, July 07, 2007

Amor à primeira lida

O nome é Antonio Cicero. Poeta, filósofo, compositor, irmão da Marina Lima; A referência é por sua conta, escolha a vertente que mais lhe agradar. Algum trabalho dele você conhece, a não ser que tenha vivido em marte nos últimos vinte ou vinte e cinco anos e ainda assim acho que não teria muita escapatória, não. Sabe Fullgás? A letra é dele, assim como a maioria dos sucessos da irmã, pode conferir. Esse pequeno preâmbulo é apenas para colocar um poeminha desse moço carioca aqui. Guardar, assim como tantas outras dele, me tira o sossego. Segue:

GUARDAR

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.


Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

Friday, July 06, 2007

Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira...

Me pego pensando em você as onze e meia da noite de uma sexta-feira dolorosa. O sofrimento não vem da distância, talvez da dúvida. Sem saber que rumo tomar, tomo um refrigerante, um copo de leite, fumo um cigarro. A tevê, companheira na solidão, não distrai, não diverti. Um livro. Não passo do primeiro parágrafo. Insisto em apagar as lembranças de vez, cartas, e-mails, fotos; seus torpedos já foram todos deletados num acesso de raiva enlouquecido. Queria tê-los agora, seriam um reconforto, ilusão, esperança. Me faziam acreditar num futuro de mentiras que já não faz muito sentido: Transe: uma viagem psicodélica. A nossa música – que original – escolhida por mim sem que você soubesse, toca, toca. Nessas horas, nada ajuda. Todas as músicas parecem ter sido feitas, com molde, exatamente para você. Penso em como o amor é difícil, baseado em incertezas que all of sudden o lançam ao abismo. Meus pensamentos desmantelados me desconcertam. Gosto do poder, do controle, embora, em geral, não passem de sensações que, como todas as outras, enganam. Queda. Queda. Imaginar sua boca, meu território, meu reino, invadida e saqueada por outros exércitos faz com que eu queira decretar a tão sonhada paz, hastear uma bandeira que possivelmente te traga de volta.Os clichês me assolam. É o desespero. Já não sei o que sinto. Esse coração não bate nem apanha, diz a música. Desisto, penso que tudo isso é tolice, fumo um cigarro e vou dormir.

Wednesday, July 04, 2007

TODO REFRIGERANTE SONHA EM SER SPRITE!

Existem refrigerantes e existe SPRITE. Simples assim. SPRITE não faz parte do gênero refrigerante, em verdade, é apenas um erro de nomenclatura. SPRITE constitui um outro nível de bebida, entenda-se do seguinte modo: SPRITE > refrigerantes. Imagine uma montanha como uma demonstradora de um grau de importância, crescente, que tenha no início a estaca zero (0) e no topo uma bandeira que represente o marco do infinito (∞). Refrigerantes localizam-se no início do caminho; SPRITE está no local que lhe é de direito, o topo. Já chegou ao cume, ou seja, é o cúmulo da maravilha transfigurada em bebida.
Alguns, loucos, entre eles amigos e familiares (a gente é obrigado a conviver com essas coisas...), defendem os refrigerantes. Incrível como muitos são capazes de manifestar publicamente, sem vergonha, o "amor" pela coca-cola (a partir de agora, chamado de "aquele refrigerante") ou qualquer outro refri. Aliás, é incompreensível engulir "aquele refrigerante" como se fosse algo bom. Ora, bebida não deveria nos dá prazer? Você não busca agradar seu paladar? O grupo que defende refrigerantes está iludido, só isso.
Todo mundo sabe que em caso de entupimento da privada, aquele refrigerantizinho quente pode, de modo muito eficiente e eficaz, substituir a soda caústica.
Como se não bastasse tudo isso, ainda tem o fato eloqüente de SPRITE ser produzido pela Coca-Cola Company. Se "aquele refrigerante" fosse mesmo tão bom que motivo justificaria a produção de outras bebidas? Ingenuamente, você poderia recorrer a uma resposta do tipo: " ah, buscavam agradar a todos os gostos, através de uma jogada estrategicamente pensada para alcançar o lucro incessante, abrindo tentáculos para todos os lados". Eu digo, por minha vez, digo e essa é a verdade: eles procuravam achar uma bebida perfeita, o supra-sumo, o requinte, o auge, o céu das bebidas, isto é, SPRITE!
Liberte-se da sede, junte-se aos bons amantes de SPRITE. Não se acanhe se você já fez parte do grupo dos iludidos. A gente te perdoa. VEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Monday, July 02, 2007

Da semana em que pipocaram na TV matérias sobre os pitboys...

Semana passada: um grupo de cinco jovens meninos, frutos da classe média carioca, espancaram uma empregada doméstica num ponto de ônibus - pensavam ser uma prostituta. Essa semana: um grupo de quatro jovens rapazes de classe média fazem uma arruaça após deixar boate e espancam um outro rapaz - apenas se divertindo. Esses acontecimentos não são nenhuma novidade, você provavelmente já se cansou dos arquivos revisitados por todos os meios de comunicação, nessa semana, fazendo referência a inúmeros casos afins. Todo o asunto está sendo muito debatido, eu compartilho da indignação que assolou o país, a questão é: não há álcool na cabeça, maconha nos cornos, heroína na veia, cocaína nas veias respiratórias, crack, cola, ecstasy ou qualquer outra droga - escolha uma, elas estão aí, à granel - que sejam capazes de desvirtuar qualquer ser. Ou seja, essas atitudes não se justificam por nenhum argumento besta, furado, que sustente que os coitadinhos estavam fora de si, influenciados por entorpecentes. Por mais transtornados que estivessem, a atitude tomada por eles explicita apenas o caráter de cada um, que supõe uma prostituta digna de surra, por exemplo. Só isso. Aceite isso: eis o mundo em sua versão mais transparente: aproveite...ou não...!

Tuesday, June 26, 2007

Do que me leva a amar "As Pontes de Madison" e outras divagações...

Estava eu a assistir As Pontes de Madison, talvez pela milésima vez, e chegando ao fim, a angústia: a cena da chuva! Para quem - por uma loucura qualquer da vida,é a única explicação possível - ainda não tenha assistido ao filme, uma breve idéia geral. Francesca( Merysl Streep, minha diva! ó! ó!) é uma dona de casa pacata, totalmente resignada com a vida estável e sem grandes emoções que leva ao lado de seu marido e dois filhos no condado de Madison; O fotógrafo Robert Kincaid( Clint Eastwood, o charme) é designado para fazer uma série fotográfica para uma revista em que trabalha e acaba conhecendo-a num período em que a família dela está fora da cidade. Bem, daí pode-se deduzir os rumos que a história toma: eles se conhecem melhor, tem um rápido romance, relação inexplicavelmente profunda( bom frisar que essa minha explicação é pífia, em nada representa a grandiosidade do filme, não se atenha a isso,assista o filme!). Voltando à cena da chuva... a pergunta que se impõe é: será que eu abriria a porta do carro, abandonaria meu marido e correria para o que seria o grande amor da minha vida? E você, será que não teria a mesma atitude da Francesca, submetendo-se, assim, aos desmandos do tempo e do amor? Difícil dizer... A angústia que me apetece é a que se funda nas bases de Sartre mesmo. O filósofo defende que "o homem nada mais é do que aquilo que faz de si mesmo", isto estabeleceria o homem como um "condenado à liberdade". A angústia surge do fato de que tem-se a consciência de liberdade, de responsabilidade pelos seus atos e decisões, se explicita no medo de usá-la de modo incorreto, o que poderia, inevitavelmente, levar a um arrependimento. O fato é que decisões são difíceis, é preciso lidar com suas consequências, tal qual a Francesca e o Robert. È preciso encarar os resultados de uma porta não aberta, num sinal fechado, em plena chuva. As consequências... Como não se deixar paralisar pelo medo de ter feito tudo errado? Você, incapaz de ter certeza, buscando uma centelha de serenidade. AAAAAAAHHHHHH!!! Mas é preciso seguir confiando...(rsrsrsr) O velho e bom bla-bla-bla!

Wednesday, June 13, 2007

AMO

z M Ú
DHDDffff SI
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzCA
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!!!!!

Sunday, April 22, 2007

POESIA

Depois de passar a Semana Santa na cidade de Mariana, em Minas Gerais, a homenagem:

Mariana de Minas

Sobe sobe
Desce desce:
Praça
Igreja
Sobe sobe
Desce desce:
Tropeça
Cai
Levanta
sobe sobe
desce desce

Explicação? Não tem...

Com música é aquilo: não tem muita explicação, quando você nota já está apaixonado por uma canção que acabou de ouvir. E não precisa ser algo comumente reconhecido como bom, basta que que te sensibilize de alguma forma. Desse modo, é não é raro que game de cara por uma canção de Maria Bethânia, como não é nada inusitado me pegar cantarolando algo de Bruno & Marrone.É fundamental, quando se trata de música, filmes e afins, que se tenha o mínimo de pré-conceito possível, para conseguir pescar o que de melhor é feito por aí. Recentemente, foi divulgada uma pesquisa feita na Gra-Betanha que mostra que as pessoas mentem acerca de filmes que assistiram ou não, para agradar os outros e garantir uma posição respeitada ao olhar alheio. Com música não é diferente,não. Particualrmente, já passei da fase da vergonha.O que mais tem vagando pelas ruas são espécimes que gritam para todos os cantos desse planetinha falido que amam Caetano Veloso, morrem por Chico Buarque e mal sabem cantarolar uma única além da utilizada na propaganda ou da que está bobando nas rádios, enquanto guardam pra si, nos recônditos da alma, a alegria sentida ao ouvir aquele som pegajoso da Banda Calypso. Penso que é muito interessante justamente essa possibilidade de passear por áreas tão diferentes e pescar o que elas podem eventualmente ter de peculiar e - pq não? - bom. Por isso escancaro mesmo que ouço Bruno & Marrone, sou chegada a um Fagner numas tardes dessas e ainda me pego numa sessão nostalgia de vez em quando com meus Backstreet Boys ( paixão adolescente, nao tem jeito). O que importa é que não me atenho apenas a isso... Esses fatores não tiram o Chico( quase um Machado de assis musical pelo que vejo por aí) da minha estante, não anulam o Stevie Wonder e muito menos apagam a deusa Bethânia de minha vida. Eles são todos muito civilizados, convivem bem aqui em casa, território das possibilidades.

Saturday, January 06, 2007

APROVEITE...OU NÃO...(FILMES)

ANTES DO aMANHECER; ANTES DO PÔR-DO-SOL; AS PONTES DE MADISON;O PODEROSO CHEFÃO - TRILOGIA; AMORES POSSÍVEIS, PEQUENO DICIONÁRIO AMOROSO; CASABLANCA; ESPANGlÊS; CURTINDO A VIDA ADOIDADO; FORREST GUMP-O CONTADOR DE HISTÓRIAS; DIÁRIOS DE MOTOCICLETA; A IDENTIDADE BOURNE; A SUPREMACIA BOURNE; MOULIN ROUGE-AMOR EM VERMELHO; O FANTASMA DA ÓPERA; A CASA DOS ESPÍRITOS, SHREK; HAPPY FEET; UM LUGAR CHAMADO NOTHING HILL; UMA LINDA MULHER; SIN CITY; TERAPIA DO AMOR; MELHOR É IMPOSSÍVEL; SOB O SOL DA TOSCANA; CANTANDO NA CHUVA; O HOMEM QUE COPIAVA; MEU TIO MATOU UM CARA; QUASE DOIS IRMÃOS;IRMÃO URSO; OS INFILTRADOS; E O VENTO LEVOU; CLOSER-PERTO DEMAIS; BONEQUINHA DE LUXO; RITMO QUENTE; O GUARDA-COSTAS; O DIÁRIO DA PRINCESA; EFEITO BORBOLETA 1; O DIABO VESTE PRADA; A ESCOLHA DE SOFIA, 21 GRAMAS...